Disco Sou Pelo Que Somos
“Sou Porque Somos” trás Beats de LC (Mago dos Beats), construções e samples que exploram ritmos latinos partindo do Brasil com samba, baião, passando pelo reggae e full jazz, e música negra de forma geral. Tudo isso fundido com batidas pesadas e letras que vem por em pauta, a importância do respeito multo, o ser coletivo e suas múltiplas facetas, o racismo, a violência policial, a criminalização dos movimentos sociais o encarceramento das massas, a herança africana na cultura brasileira na diáspora, entre outros temas.
Músicas
1 - “É doce, mas, num é mole” (Beto Criolo) trás um swing que mistura samba e jazz e fala sobre superação e africanidade.
2 - “Ser um ser” (Beto Criolo) G. Box e Choco) discorre sobre a importância de ser pelo que é e não pelo que tem e a valorização da diversidade do ser.
3 - “Trajetória” (Beto Criolo) relembra através de versos, alguns momentos, cita pessoas que participaram de alguma forma da e de alguma forma contribuíram para a sua carreira.
4 - “Navegantes” (Beto Criolo e Onga Rupestre) fala sobre a importância da informação no mundo atual, para se compreender o mundo em que vivemos atualmente, esta conta com a participação do Rapper Onga Rupestre, que se prepara para lançar seu segundo disco.
5 – “Realidade velada” (Beto Criolo) rap cru, com batidas pesadas, discorre sobre a violência urbana que acaba sendo generalizada em meio à globalização do mundo moderno. A letra diz: Realidade velada/ mesmo vendo finge que não veem/ não enxergam nada/ o ser humano se embrutece/ dia a dia se desumanizando nesta sociedade globalizada.
6 - “Resistir” (Beto Criolo e Nico Junior) musica que busca através do resgate histórico de resistência do povo oprimido, mostrar que ainda a tempo de reverter o cenário atual, essa, faz referencia a grandes lideres nacionais e internacionais que de alguma forma contribuíram para que atualmente, possamos exercer alguns direitos fundamentais para se viver. Destaque para os arranjos de cordas e teclas e interpretação dos mesmos feitos por Bruno Weverson.
7 - “Interlúdio” (Interlúdio) discorre sobre a necessidade de mudanças internas em cada individuo para que se possam buscar as vitórias coletivas através da união estratégica das massas populares.
8 - “Sensacionalistas” (Beto Criolo) com um instrumental produzido com influencia do jazz clássico, com uma letra que busca colocar em pauta a manipulação da grande mídia ao repassarem às informações as grandes massas. Com pitadas de sarcasmo e ironia refinada, marcas sempre presentes na canção que tem a proposta de rimas que terminem igualmente do inicio ao fim da música.
9 - “Limpeza” (Beto Criolo) um samba, que faz uma relação à limpeza étnica racial e social vinda dos centros das grandes cidades as periferias, da mesma forma que as autoridades tratam os escândalos políticos em nosso país, trazendo uma crítica sobre a forma corriqueira com que tais assuntos são tratados na sociedade atual.
10 – “Robin” (Beto Criolo, DJ Tromp e Twefth Day) musica originada do processo de troca entre membros do ponto de cultura Experimentando Música e as musicistas escocesas Catriona Price (violinista) e Esther Swift (harpista). A inspirada na música Robin de 1785 que conta história do cantor, poeta e herói escocês Robert Burns, a grandes líderes nacionais e em espacial no potencial encontrado em pessoas das periferias que encontram nas artes formas de superar as mazelas.
11 - “Ela é por mim” (Beto Criolo e Thaís Rosa) pode ser enquadrado como “rap jazz” que trás a tona a confiança e esperança depositadas na arte como uma ferramenta de transformação social. “... ficaria bem... / pois sei que ela é fala por mim / ficaria bem... / pois sei que ela é por mim”.
12 – “Muitos poucos” (Beto Criolo) trás uma discussão sobre a divisão de classe, enfatizando a estratégia da burguesia relacionando-a a pouca organização das grandes massas. A letra trás os dizeres: somos muitos / mais somos pouco empenhados / poucos fortes / muitos poucos preparados / alguns sendo usados / manipulando muitos enquanto são muito manipulados.
13 - “Sou porque somos” (Beto Criolo) é a música tema do CD, discute o significado da união destacando a luta coletiva como a principal arma a ser utilizada no enfrentamento das problemáticas que assolam a sociedade atual.
